Com um pouco de atraso eis a Carta Agroecológica de Porto Alegre!
A conclusão mais simples, porém profunda, dos seminários, é de que de fato a construção para um outro mundo possível se dá apartir da desconstrução dos costumes e das práticas impregnadas na atual sociedade de consumo e de acumulaçao de riqueza! A questão centro do debate é a luta pela mudança do padrão de costumes sociais que o capitalismo implantou através de décadas de alienação.
E para pensar.... O presidente da empresa responsável pelo shopping NOVO de Porto Alegre, instalado na beira do poluído lago Guaiba, setencia: "o shopping center está blindado das crises porque estão impregnados no DNA das pessoas"...Quer MAIS????
Paulinho Mendes
Seminários encerram com lançamento da Carta Agroecológica de Porto Alegre
Após três dias de Seminários Internacional e Estadual sobre Agreocologia, os 1.174 participantes aprovaram a Carta Agroecológica de Porto Alegre. Entre as recomendações, destaque para a proposta de criação de um Plano Nacional de Transição Agroecológica, apresentada na palestra de abertura pelo coordenador geral de Assistência Técnica, Extensão Rural e Educação Rural da Secretaria de Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Francisco Roberto Caporal, e defendida também pelo presidente da Emater/RS, Mário Augusto Ribas do Nascimento, durante solenidade de abertura.A seguir, a redação do documento:
Carta Agroecológica de Porto Alegre 2008.
Os 1.174 participantes inscritos no IX Seminário Internacional sobre Agroecologia e X Seminário Estadual sobre Agroecologia, reunidos no Auditório Dante Barone da Assembléia Legislativa, em Porto Alegre (RS), dias 25, 26 e 27 de novembro de 2008, para discutir tema “O Estado da Arte da Agroecologia”, recomendam:
1. A criação de um Plano Nacional de Transição Agroecológica, tendo em vista o conjunto de externalidades negativas geradas pelo modelo atual de desenvolvimento rural. Tal Plano deve ter como pressupostos a solidariedade intra e intergeracional e a sustentabilidade em suas múltiplas dimensões (econômica, social, ambiental, cultural, ética e política). Além disso, deve contemplar ações de apoio à promoção de estilos de agriculturas mais sustentáveis, visando a preservação da agrobiodiversidade e a ecologização crescente dos sistemas produtivos;
2. Que os princípios da Agroecologia sejam considerados na definição e execução de programas e projetos de Pesquisa, assim como nas agendas das instituições de Ensino e Extensão Rural, apontando para a consolidação de uma ética comprometida com a sustentabilidade da vida no Planeta , e incorporando questões de gênero de forma mais efetiva e estratégica ;
3. A inclusão do enfoque agroecológico nas políticas públicas, especialmente as voltadas para o crédito rural destinado à agricultura familiar, e a ampliação de iniciativas voltadas ao fortalecimento da agricultura familiar, como é o caso do Plano de Aquisição de Alimentos;
4. Que as instituições de ensino coloquem maior ênfase na educação agroecológica, incorporando conteúdos, valores e princípios de sustentabilidade em todos os níveis de escolaridade, com uma adequação da matriz curricular e a adoção de práticas sustentáveis (merenda escolar, reciclagem de lixo, etc);
5. O estímulo e apoio à sistematização de experiências com enfoque agroecológico, de forma a possibilitar um amplo processo de diagnóstico, identificação, resgate, descrição e reflexão a partir das experiências sistematizadas, assim como a sua ampla divulgação;
6. Que sejam envidados todos os esforços para a realização do X Seminário Internacional e XI Seminário Estadual de Agroecologia no Rio Grande do Sul, assim como no apoio à realização do II Congresso Latino-Americano e VI Congresso Brasileiro de Agroecologia, a realizar-se de 09 a 12 de novembro de 2009, em Curitiba (PR).
Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar
Jornalistas Adriane Bertoglio Rodrigues e Carine Massierer
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