quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Repensando a FASE

Iara Borges Aragonez
Coletivo Desenvolvimento Sustentável
SEMAPI

O seminário "Repensando a FASE", realizado no dia 13/11/2008, foi um esforço dos(as)trabalhadores(as)da Fundação de Atendimento Sócio-educativo, através do SEMAPI e da AFUFE, para encontrar os caminhos que levarão de fato a ressocialização dos adolescentes. Um consenso já unifica o debate: que o caminho passa, necessariamente, pelo protagonismo dos(as) trabalhadores(as).

Entretanto, para mim fica uma pergunta: como ter protagonismo, quando o trabalhador(a) é tratado como um Ser que não pensa? como garantir o protagonismo, quando o(a) trabalhador(a) não tem oportunidades de qualificação/formação e acaba seus dias, seus meses, seus anos, trabalhado em estruturas completamente sucateadas, em condições de trabalho que levam ao adoecimento? não há condições objetivas mínimas para trabalhar, muito menos para desenvolver práticas sócio-educativas, capazes de ressocializar os jovens que lá estão, privados de sua liberdade, e, também, provavelmente, privados da possibilidade de um retorno dígno para a sociedade.

Espero que avanços aconteçam, mas, não sou otimista. Vivemos no Rio Grande do Sul, governo Yeda Crusius, numa conjuntura em que os(as) trabalhadores(as) e o povo não têm valor. E, ainda que afirmemos que o NOSSO TRABALHO TEM VALOR, muita luta há que ser feita para dar materialidade a essa afirmação.

Estratégias bem formuladas,penso, poderão dar conta de parte do desafio. Aos trabalhadores(as) cabe essa formulação, e a FASE, ciente disso, está fazendo a sua parte, a partir do ciclo de seminários que inaugurou hoje.

Parabéns aos(as) trabalhadores(as)da FASE, ao SEMAPI e a AFUFE. E bom trabalho!!!

Veja matéria completa sobre o Seminário na página do Sindicato www.semapirs.com.br e abaixo a poesia que deu início às reflexões.

RISCOS
Rir é correr o risco de parecer tolo.
Chorar é correr o risco de parecer sentimental.
Estender a mão é correr o risco de se envolver.
Expor seus sentimentos é correr o risco de mostrar o seu verdadeiro Eu.
Defender seus sonhos e idéias diante da multidão
é correr o risco de perder as pessoas.
Amar é correr o risco de não ser correspondido.
Viver é correr o risco de morrer.
Confiar é correr o risco de se decepcionar.
Tentar é correr o risco de fracassar.
Mas os riscos devem ser corridos, porque o maior perigo
é não arriscar.

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