quinta-feira, 26 de junho de 2008
Senadores recebem denúncias de violência policial no RS
Repercussao na imprensa Porto alegre 24 de junho de 2008.
A violência de Estado contra os movimentos sociais foi tema da audiência pública da Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal, nesta terça-feira (24). No encontro, os senadores, os deputados federais e estaduais assistiram ao vídeo com treze atos de violência, agressão e repressão aos movimentos sociais. O deputado Dionilso Marcon (PT) relatou a violência e a brutalidade utilizada pelo comando da BM contra os manifestantes no dia 11 de junho, no Parque da Harmonia e em mais 12 eventos recentes. No relato, o comandante da BM declarou publicamente que os manifestantes eram baderneiros e o comando da BM impediu que prosseguissem até o Palácio Piratini, aonde ocorria uma grande manifestação contra a corrupção no governo Yeda.
O ponto alto da audiência foi a divulgação da ata do Conselho Superior do Ministério Público que deliberou a formulação de uma política de intervenção do MP pelo fim do MST, de suas escolas, pela investigação do Incra, da Conab e da Via Campesina. Em determinado trecho o MP indica a investigação e a criminalização do MST. O documento de três páginas sugere o impedimento de marchas, de deslocamentos dos agricultores, assim como a desativação de acampamentos. Também sugere o cancelamento do alistamento eleitoral dos agricultores sem terra nas regiões em conflito e a formulação de uma política oficial do MP com a finalidade de "proteção da legalidade no campo".
Segundo o deputado Marcon a divulgação do documento do MP e as ações da BM comprovam que a Constituição Federal está sendo violada. Segundo ele, o documento descoberto pelos movimentos sociais aponta vários níveis gradativos de repressão: O primeiro, segundo a denúncia dos movimentos, seria a identificação, grampeamento telefônico e de mails de manifestantes, lideranças e de parlamentares; o segundo, com a prática de violência com o uso de gás e balas de borracha, tropas de choque, prisão de manifestantes; num terceiro e último estágio seria a proibição de existência legal de associações e a mudança na legislação penal.
Presente na audiência, o bispo de Santa Cruz do Sul , Don Sinésio Bohn afirmou que a Igreja está ao lado dos pobres, assim como Jesus Cristo o fez e que por isso estava ali junto dos trabalhadores. Os senadores receberam o documento com as denuncias e ficaram perplexos com as imagens de violência e com as declarações do comando da BM e da governadora sobre a operação no Harmonia.
A deputada Federal Maria do Rosário (PT) afirmou que o documento do MP sugere a suspensão da Constituição e de direitos fundamentais da cidadania e dos direitos Humanos. "O MP deveria investigar os R$ 650 mil desviados pela Confederação Nacional da Agricultura que utilizou os recursos na campanha dos ruralistas da senadora Kátia Abreu", destaca Rosário. Outro absurdo do documento do MP , segundo Rosário, é a sugestão de cancelamentos do direito de voto dos eleitores do MST nas áreas de acampamento. A coordenação estadual do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) no Rio Grande do Sul divulgou nota oficial, na semana passada, denunciando as recentes ações da Brigada Militar e os argumentos utilizados pelo Ministério Público gaúcho para a execução do despejo de dois acampamentos no interior do Estado. Segundo a nota, "os métodos e argumentos do Ministério Público e da Brigada Militar ressuscitaram a ditadura militar no Rio Grande do Sul".
Fizeram parte da diligência o presidente da CDH, senador Paulo Paim, o senador José Nery, senador Flávio Arns, membros da CDH da Assembléia Legislativa do Estado e da Câmara de Vereadores de Porto Alegre. A programação será a seguinte:
9h- audiência com representantes dos movimentos sociais na Assembléia Legislativa do Estado; 13h - audiência com o comandante da Brigada Militar, Coronel Paulo Roberto Mendes; 14h – audiência com o secretário de Segurança Pública do Rio Grande do Sul, José Francisco Mallmann.
A violência de Estado contra os movimentos sociais foi tema da audiência pública da Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal, nesta terça-feira (24). No encontro, os senadores, os deputados federais e estaduais assistiram ao vídeo com treze atos de violência, agressão e repressão aos movimentos sociais. O deputado Dionilso Marcon (PT) relatou a violência e a brutalidade utilizada pelo comando da BM contra os manifestantes no dia 11 de junho, no Parque da Harmonia e em mais 12 eventos recentes. No relato, o comandante da BM declarou publicamente que os manifestantes eram baderneiros e o comando da BM impediu que prosseguissem até o Palácio Piratini, aonde ocorria uma grande manifestação contra a corrupção no governo Yeda.
O ponto alto da audiência foi a divulgação da ata do Conselho Superior do Ministério Público que deliberou a formulação de uma política de intervenção do MP pelo fim do MST, de suas escolas, pela investigação do Incra, da Conab e da Via Campesina. Em determinado trecho o MP indica a investigação e a criminalização do MST. O documento de três páginas sugere o impedimento de marchas, de deslocamentos dos agricultores, assim como a desativação de acampamentos. Também sugere o cancelamento do alistamento eleitoral dos agricultores sem terra nas regiões em conflito e a formulação de uma política oficial do MP com a finalidade de "proteção da legalidade no campo".
Segundo o deputado Marcon a divulgação do documento do MP e as ações da BM comprovam que a Constituição Federal está sendo violada. Segundo ele, o documento descoberto pelos movimentos sociais aponta vários níveis gradativos de repressão: O primeiro, segundo a denúncia dos movimentos, seria a identificação, grampeamento telefônico e de mails de manifestantes, lideranças e de parlamentares; o segundo, com a prática de violência com o uso de gás e balas de borracha, tropas de choque, prisão de manifestantes; num terceiro e último estágio seria a proibição de existência legal de associações e a mudança na legislação penal.
Presente na audiência, o bispo de Santa Cruz do Sul , Don Sinésio Bohn afirmou que a Igreja está ao lado dos pobres, assim como Jesus Cristo o fez e que por isso estava ali junto dos trabalhadores. Os senadores receberam o documento com as denuncias e ficaram perplexos com as imagens de violência e com as declarações do comando da BM e da governadora sobre a operação no Harmonia.
A deputada Federal Maria do Rosário (PT) afirmou que o documento do MP sugere a suspensão da Constituição e de direitos fundamentais da cidadania e dos direitos Humanos. "O MP deveria investigar os R$ 650 mil desviados pela Confederação Nacional da Agricultura que utilizou os recursos na campanha dos ruralistas da senadora Kátia Abreu", destaca Rosário. Outro absurdo do documento do MP , segundo Rosário, é a sugestão de cancelamentos do direito de voto dos eleitores do MST nas áreas de acampamento. A coordenação estadual do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) no Rio Grande do Sul divulgou nota oficial, na semana passada, denunciando as recentes ações da Brigada Militar e os argumentos utilizados pelo Ministério Público gaúcho para a execução do despejo de dois acampamentos no interior do Estado. Segundo a nota, "os métodos e argumentos do Ministério Público e da Brigada Militar ressuscitaram a ditadura militar no Rio Grande do Sul".
Fizeram parte da diligência o presidente da CDH, senador Paulo Paim, o senador José Nery, senador Flávio Arns, membros da CDH da Assembléia Legislativa do Estado e da Câmara de Vereadores de Porto Alegre. A programação será a seguinte:
9h- audiência com representantes dos movimentos sociais na Assembléia Legislativa do Estado; 13h - audiência com o comandante da Brigada Militar, Coronel Paulo Roberto Mendes; 14h – audiência com o secretário de Segurança Pública do Rio Grande do Sul, José Francisco Mallmann.
Os amargos frutos já colhidos pelo URUGUAI
No texto abaixo temos o depoimento de uma companheira gaúcha que vive no Uruguai, este país irmão que já "colhe os amargos frutos" por ter aberto suas portas para a política entreguista que hoje o Rio Grande do Sul implementa.
Em nome do "desenvolvimento", o Governo Yeda usa de todas as artimanhas visando garantir terra para o plantio de eucalípto e as licenças ambientais a qualquer custo para as transnacionais implantarem ou ampliarem as suas plantas. Busca aniquilar com os movimentos sociais, em especial com o MST, que sofre uma verdadeira ofensiva de forças conservadoras no Rio Grande do sul, impedindo a reforma agrária e buscando criminalizar os que lutam pelos seus direitos constitucionais. Forças políticas se juntam para defender poderosos interesses desses grupos econômicos que se instalam no Estado em detrimento da agricultura familiar e do meio ambiente. O mais lamentável é constatar que os poderosos latifundiários e investidores internacionais estão representados hoje no governo de Yeda Crusius pelo Estado Maior da Brigada Militar do RS – PM 2 e pelo Conselho Superior do Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul.
Leia abaixo, a realidade vivida hoje pelo Uruguai, segundo Verônica Loss.
Iara Borges Aragonez.
Coletivo Desenvolvimento Sustentável
SEMAPI Sindicato
Em nome do "desenvolvimento", o Governo Yeda usa de todas as artimanhas visando garantir terra para o plantio de eucalípto e as licenças ambientais a qualquer custo para as transnacionais implantarem ou ampliarem as suas plantas. Busca aniquilar com os movimentos sociais, em especial com o MST, que sofre uma verdadeira ofensiva de forças conservadoras no Rio Grande do sul, impedindo a reforma agrária e buscando criminalizar os que lutam pelos seus direitos constitucionais. Forças políticas se juntam para defender poderosos interesses desses grupos econômicos que se instalam no Estado em detrimento da agricultura familiar e do meio ambiente. O mais lamentável é constatar que os poderosos latifundiários e investidores internacionais estão representados hoje no governo de Yeda Crusius pelo Estado Maior da Brigada Militar do RS – PM 2 e pelo Conselho Superior do Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul.
Leia abaixo, a realidade vivida hoje pelo Uruguai, segundo Verônica Loss.
Iara Borges Aragonez.
Coletivo Desenvolvimento Sustentável
SEMAPI Sindicato
SOJA, EUCALIPTO E MINHA FANTASIA FRUSTRADA DE VIDA NO CAMPO.
Verônica Loss*
Sou um bicho de cidade, nasci e me criei em Porto Alegre, com muito gosto e carinho por essa cidade. Mas, como a maioria dos seres humanos, sempre insatisfeitos com o que têm e com vontade de conhecer coisas novas, desde criança fantasiava viver no campo. As histórias de Monteiro Lobato com o Sítio do Pica Pau Amarelo, Érico Veríssimo e até chapeuzinho vermelho com sua vovó e lobo mau alimentavam minha fantasia. E minha mãe gostava de me levar em passeios pela periferia de Porto Alegre, Belém Velho e Lami, lugares que em naquela época eram compostos de pequenas propriedades rurais. Passávamos de carro (aquela velha Brasília amarela muito bem desfrutada pela família em passeios de fim de semana) por uma estradinha que começava no final do bairro Glória. Até hoje não sei o nome daquela rua, pra mim vai ser sempre “A Estradinha”, que subia o morro, tão linda, e eu imaginava que aquilo era a serra. Lá cruzávamos por porteiras de sítios, e se víamos da entrada que tinha árvores frutíferas, horta ou galinhas batíamos palmas para ver se os donos queriam vender sua produção. Naquela época muitos daqueles lugares não tinham luz elétrica ou telefone, ônibus de vez em quando, celular e internet nem em sonho! Creio que por isso nos recebiam com tanta alegria. Gente diferente, notícias da cidade... mandavam entrar, mostravam a plantação, a criação. Voltávamos com o porta-malas da Brasília lotado de verdura, fruta, ovos, ervas. E minha fantasia de viver no campo crescia depois de cada passeio desses.
Os caminhos da vida e a vontade de estar mais perto da natureza me levaram pra Florianópolis em 1994, e apesar de ser um lugar mais preservado que Porto Alegre, com sítios e agricultura orgânica, minha vida continuava urbana. Fortaleci meus vínculos com a alimentação saudável, a ecologia e fiz disso trabalho e meta de vida, mas seguia na cidade, pegando ônibus, dirigindo carro, respirando fumaça.
Chegou o dia que a “roda da fortuna”, ou “destino”, chamou a Hugo, meu companheiro, de volta à sua terra natal, Young. Que é Young??? Uma cidadezinha tão pequeninha que quase ninguém ouviu falar, no interior do interior do Uruguai, no sul do sul da América do Sul. Que tem lá? Campo... campo! Uruguai, lá vou eu! Toda a cidade tem a população do Campeche, bairro que morávamos em Floripa. Ar puro, gente pura, vaquinhas, ovelhinhas, leite e ovos frescos, fruta colhida do pé, horta! Vendi minhas tralhas, carreguei o que sobrou e me fui com tudo pra lá, feliz e cheia de expectativa.
Antes de chegar a Young, da janela do ônibus, já percebi algo raro. Muito eucalipto no caminho. Sempre escutei que Uruguai era um país ganadeiro, mas o que aparecia na estrada era muita árvore e poucas vacas. Quando viajávamos com minha mãe e sua Brasília amarela era comum ver no Rio Grande do Sul muito pasto e algum bosquezinho de eucalipto pra aparar o vento e fazer sombra para as vacas. Dizem que no Uruguai era igual, mas o que eu estava vendo era muito bosque de eucalipto e um pastinho e outro com algumas vaquinhas lutando por espaço. Passou batido, minha fantasia era maior do que a realidade que gritava na minha frente. Onde não se via eucalipto aparecia muita soja, sorgo e girassol.
Cheguei em Young. Hugo levou-me ao mercado e aos lugares que vendiam frutas e verduras. Foi o começo da frustração... pouca variedade, verde só alface e acelga. Aos poucos fui descobrindo que a maioria das frutas são produzidas em Salto, passam por aqui, vão todas pra Montevidéu e de lá são redistribuídas, gerando um desgaste desnecessário de tempo, combustível, embalagem, impostos e principalmente da vitalidade do alimento que passa dias viajando até chegar na nossa mesa, sem falar no incremento do preço que essa viagem toda gera. Young abriga uma indústria que produz e embala cítricos, que vão pra Montevidéu e de lá são redistribuídas pro interior... inclusive pra Young. E as verduras, a horta, o leite fresco? Não tem mais sítios, nem mesmo as grandes fazendas têm alguns poucos hectares de horta e cereais como antigamente, pro consumo da casa e dos empregados. Os fazendeiros compram tudo no mercado, os campos estão arrendados para empresas que cultivam eucalipto, soja, sorgo e girassol – transgênicos. Com muito glifosato.
O Uruguai não é mais um país ganadeiro, é um país forrageiro, e principalmente pasteiro, com seus campos sendo substituídos pelo famigerado eucalipto que vai virar pasta de celulose, e enquanto cresce suga toda água do solo, alcaliniza a terra tão linda e fértil desse paysito. E a água vai ficando envenenada, os peixes vão morrendo e vemos o aviãozinho sobrevoando os campos e jogando uma substância líquida que o comum das pessoas não tem a menor idéia das conseqüências disso pra elas e a gerações futuras. Enquanto isso aprendem a usar o glifosato no jardim da casa, na calçada, nas praças onde as crianças brincam, afinal é um “mata-pasto” tão bom que poupa o trabalho de capinar. Essas mesmas famílias que há 20 anos tinham sua vida e seu sustento assegurados com o trabalho no campo, mesmo que fosse de empregados em alguma fazenda, hoje inflam a área urbana de Young e sustentam suas famílias com empregos temporários e sub contratos para as empresas florestais. Plantando eucalipto, podando, preparando e aspergindo veneno sem proteção adequada, adoecendo e morrendo sem a devida assistência para eles e suas famílias. E é essa a nossa chamada “política de estado”, com a conivência de políticos eleitos pela população para defender seus interesses, e que vem há muitos anos proporcionando todo esse processo de invasão do monocultivo, com isenções fiscais de todo tipo, colocando o país em uma situação que, como já disse Galeano, “é a calamidade de ter que escolher entre morrer de fome ou morrer envenenado”.
E a saudável vida no campo dos meus sonhos de infância? Não sei se esse campo ainda existe, pelo menos nesses frios pagos latinoamericanos...
Porto Alegrense que vive
no Uruguai, na cidade de Young
Sou um bicho de cidade, nasci e me criei em Porto Alegre, com muito gosto e carinho por essa cidade. Mas, como a maioria dos seres humanos, sempre insatisfeitos com o que têm e com vontade de conhecer coisas novas, desde criança fantasiava viver no campo. As histórias de Monteiro Lobato com o Sítio do Pica Pau Amarelo, Érico Veríssimo e até chapeuzinho vermelho com sua vovó e lobo mau alimentavam minha fantasia. E minha mãe gostava de me levar em passeios pela periferia de Porto Alegre, Belém Velho e Lami, lugares que em naquela época eram compostos de pequenas propriedades rurais. Passávamos de carro (aquela velha Brasília amarela muito bem desfrutada pela família em passeios de fim de semana) por uma estradinha que começava no final do bairro Glória. Até hoje não sei o nome daquela rua, pra mim vai ser sempre “A Estradinha”, que subia o morro, tão linda, e eu imaginava que aquilo era a serra. Lá cruzávamos por porteiras de sítios, e se víamos da entrada que tinha árvores frutíferas, horta ou galinhas batíamos palmas para ver se os donos queriam vender sua produção. Naquela época muitos daqueles lugares não tinham luz elétrica ou telefone, ônibus de vez em quando, celular e internet nem em sonho! Creio que por isso nos recebiam com tanta alegria. Gente diferente, notícias da cidade... mandavam entrar, mostravam a plantação, a criação. Voltávamos com o porta-malas da Brasília lotado de verdura, fruta, ovos, ervas. E minha fantasia de viver no campo crescia depois de cada passeio desses.
Os caminhos da vida e a vontade de estar mais perto da natureza me levaram pra Florianópolis em 1994, e apesar de ser um lugar mais preservado que Porto Alegre, com sítios e agricultura orgânica, minha vida continuava urbana. Fortaleci meus vínculos com a alimentação saudável, a ecologia e fiz disso trabalho e meta de vida, mas seguia na cidade, pegando ônibus, dirigindo carro, respirando fumaça.
Chegou o dia que a “roda da fortuna”, ou “destino”, chamou a Hugo, meu companheiro, de volta à sua terra natal, Young. Que é Young??? Uma cidadezinha tão pequeninha que quase ninguém ouviu falar, no interior do interior do Uruguai, no sul do sul da América do Sul. Que tem lá? Campo... campo! Uruguai, lá vou eu! Toda a cidade tem a população do Campeche, bairro que morávamos em Floripa. Ar puro, gente pura, vaquinhas, ovelhinhas, leite e ovos frescos, fruta colhida do pé, horta! Vendi minhas tralhas, carreguei o que sobrou e me fui com tudo pra lá, feliz e cheia de expectativa.
Antes de chegar a Young, da janela do ônibus, já percebi algo raro. Muito eucalipto no caminho. Sempre escutei que Uruguai era um país ganadeiro, mas o que aparecia na estrada era muita árvore e poucas vacas. Quando viajávamos com minha mãe e sua Brasília amarela era comum ver no Rio Grande do Sul muito pasto e algum bosquezinho de eucalipto pra aparar o vento e fazer sombra para as vacas. Dizem que no Uruguai era igual, mas o que eu estava vendo era muito bosque de eucalipto e um pastinho e outro com algumas vaquinhas lutando por espaço. Passou batido, minha fantasia era maior do que a realidade que gritava na minha frente. Onde não se via eucalipto aparecia muita soja, sorgo e girassol.
Cheguei em Young. Hugo levou-me ao mercado e aos lugares que vendiam frutas e verduras. Foi o começo da frustração... pouca variedade, verde só alface e acelga. Aos poucos fui descobrindo que a maioria das frutas são produzidas em Salto, passam por aqui, vão todas pra Montevidéu e de lá são redistribuídas, gerando um desgaste desnecessário de tempo, combustível, embalagem, impostos e principalmente da vitalidade do alimento que passa dias viajando até chegar na nossa mesa, sem falar no incremento do preço que essa viagem toda gera. Young abriga uma indústria que produz e embala cítricos, que vão pra Montevidéu e de lá são redistribuídas pro interior... inclusive pra Young. E as verduras, a horta, o leite fresco? Não tem mais sítios, nem mesmo as grandes fazendas têm alguns poucos hectares de horta e cereais como antigamente, pro consumo da casa e dos empregados. Os fazendeiros compram tudo no mercado, os campos estão arrendados para empresas que cultivam eucalipto, soja, sorgo e girassol – transgênicos. Com muito glifosato.
O Uruguai não é mais um país ganadeiro, é um país forrageiro, e principalmente pasteiro, com seus campos sendo substituídos pelo famigerado eucalipto que vai virar pasta de celulose, e enquanto cresce suga toda água do solo, alcaliniza a terra tão linda e fértil desse paysito. E a água vai ficando envenenada, os peixes vão morrendo e vemos o aviãozinho sobrevoando os campos e jogando uma substância líquida que o comum das pessoas não tem a menor idéia das conseqüências disso pra elas e a gerações futuras. Enquanto isso aprendem a usar o glifosato no jardim da casa, na calçada, nas praças onde as crianças brincam, afinal é um “mata-pasto” tão bom que poupa o trabalho de capinar. Essas mesmas famílias que há 20 anos tinham sua vida e seu sustento assegurados com o trabalho no campo, mesmo que fosse de empregados em alguma fazenda, hoje inflam a área urbana de Young e sustentam suas famílias com empregos temporários e sub contratos para as empresas florestais. Plantando eucalipto, podando, preparando e aspergindo veneno sem proteção adequada, adoecendo e morrendo sem a devida assistência para eles e suas famílias. E é essa a nossa chamada “política de estado”, com a conivência de políticos eleitos pela população para defender seus interesses, e que vem há muitos anos proporcionando todo esse processo de invasão do monocultivo, com isenções fiscais de todo tipo, colocando o país em uma situação que, como já disse Galeano, “é a calamidade de ter que escolher entre morrer de fome ou morrer envenenado”.
E a saudável vida no campo dos meus sonhos de infância? Não sei se esse campo ainda existe, pelo menos nesses frios pagos latinoamericanos...
Porto Alegrense que vive
no Uruguai, na cidade de Young
segunda-feira, 9 de junho de 2008
O AMOR também é fator de SUSTENTABILIDADE
É isso aí!!!
Hoje de manhã cedo andava pela rua e observava os lojistas, de baixo de toda aquela chuva, fazendo malabarismos para colocar faixas, cartazes, avisos de que naquele "estabelecimento" tinha os melhores e mais baratos presentes para presentear e dar provas do seu amor para o seu amor.
Fiquei pensativa e a cada instante me instigava mais quando observava pelos lugares onde andava que o assunto era o "dia dos namorados" que se aproxima. Nos elevadores, nas salas de espera, no ônibus, enfim, em todos os lugares.
Bom e ruim. Bom porque é muito alentador que as pessoas parem para falar do amor e de seus amores. Porque, afinal, este ainda é o grande e o maior alimento que nutre a vida. A BOA VIDA. Não há dúvidas de que grande parte da violência, seja nas ruas, nas casas, nos locais de trabalho, grande parte da prepotência, da desarmonia, da desatenção, dos abandonos, são resultantes da falta de amor em algum ou em vários momentos da existência de cada ser desses que protagoniza algum ato desses, identificado com o absoluto desamor. Portanto, acredito piamente que o AMOR gera AMOR. E falar do AMOR nos aproxima mais dele e isso faz bem.
Ruim, porque o foco do interesse e da conversa está no ato de presentear, associado ao convencimento e imposição feitos pela mídia. E aí repete-se o que vemos no Natal, no dia das mães, etc. Ou seja, o AMOR medido pelo preço do presente e o presente decidido de fora para dentro. Aí fica ruim. E o pior é ver as pessoas contando seu escasso dinheiro, assumindo prestações para dar provas de seu amor. Atos e gestos induzidos. Pessoas quase subjugadas frente a essa circunstância de "indução amorosa".
Cá prá nós que é adorável ganhar um presente. Mesmo no comercial dia do namorados. Não estou jogando no lixo, desvalorizando esse gesto. Apenas alertando para que não o tornemos refém do mercado. Que possameos exercer esse ato de forma livre, criativa e verdadeiramente AMOROSA.
Bem, enquanto buscamos as formas mais criativas, quem sabe ajudo na inspiração. Presenteo a todos(as) com uma seleção de músicas e imagens que fiz abaixo, para homenajear o AMOR. Nesse caso, o AMOR ROMÂNTICO.
Vocês vão encontrar as mais diferentes formas de dizer EU TE AMO. Aquela cheia de dor e de saudade, outras cheia de graça, algumas meio sem jeito, mas todas muito legais e sintonizadas com o tempo e o estado de espírito, da ALMA de quem expressou no momento que expressou. Aliás isso é importante. Nunca esquecer que o estado da ALMA é diferente em diferentes circunstâncias e vice-versa. Reconhecer isso, faz diferença.
Bem, mas VAMULÁ, como diz um amigo. Curtam mais de 50 músicas. Prefiro as 20 primeiras. Lembrem, basta ir no menu que as diferentes opções aparecem.
Um grande abraço e muito AMOR.
Iara Borges Aragonez
Coletivo Desenvolvimento Sustentável
SEMAPI Sindicato
Hoje de manhã cedo andava pela rua e observava os lojistas, de baixo de toda aquela chuva, fazendo malabarismos para colocar faixas, cartazes, avisos de que naquele "estabelecimento" tinha os melhores e mais baratos presentes para presentear e dar provas do seu amor para o seu amor.
Fiquei pensativa e a cada instante me instigava mais quando observava pelos lugares onde andava que o assunto era o "dia dos namorados" que se aproxima. Nos elevadores, nas salas de espera, no ônibus, enfim, em todos os lugares.
Bom e ruim. Bom porque é muito alentador que as pessoas parem para falar do amor e de seus amores. Porque, afinal, este ainda é o grande e o maior alimento que nutre a vida. A BOA VIDA. Não há dúvidas de que grande parte da violência, seja nas ruas, nas casas, nos locais de trabalho, grande parte da prepotência, da desarmonia, da desatenção, dos abandonos, são resultantes da falta de amor em algum ou em vários momentos da existência de cada ser desses que protagoniza algum ato desses, identificado com o absoluto desamor. Portanto, acredito piamente que o AMOR gera AMOR. E falar do AMOR nos aproxima mais dele e isso faz bem.
Ruim, porque o foco do interesse e da conversa está no ato de presentear, associado ao convencimento e imposição feitos pela mídia. E aí repete-se o que vemos no Natal, no dia das mães, etc. Ou seja, o AMOR medido pelo preço do presente e o presente decidido de fora para dentro. Aí fica ruim. E o pior é ver as pessoas contando seu escasso dinheiro, assumindo prestações para dar provas de seu amor. Atos e gestos induzidos. Pessoas quase subjugadas frente a essa circunstância de "indução amorosa".
Cá prá nós que é adorável ganhar um presente. Mesmo no comercial dia do namorados. Não estou jogando no lixo, desvalorizando esse gesto. Apenas alertando para que não o tornemos refém do mercado. Que possameos exercer esse ato de forma livre, criativa e verdadeiramente AMOROSA.
Bem, enquanto buscamos as formas mais criativas, quem sabe ajudo na inspiração. Presenteo a todos(as) com uma seleção de músicas e imagens que fiz abaixo, para homenajear o AMOR. Nesse caso, o AMOR ROMÂNTICO.
Vocês vão encontrar as mais diferentes formas de dizer EU TE AMO. Aquela cheia de dor e de saudade, outras cheia de graça, algumas meio sem jeito, mas todas muito legais e sintonizadas com o tempo e o estado de espírito, da ALMA de quem expressou no momento que expressou. Aliás isso é importante. Nunca esquecer que o estado da ALMA é diferente em diferentes circunstâncias e vice-versa. Reconhecer isso, faz diferença.
Bem, mas VAMULÁ, como diz um amigo. Curtam mais de 50 músicas. Prefiro as 20 primeiras. Lembrem, basta ir no menu que as diferentes opções aparecem.
Um grande abraço e muito AMOR.
Iara Borges Aragonez
Coletivo Desenvolvimento Sustentável
SEMAPI Sindicato
quarta-feira, 4 de junho de 2008
No Dia Internacional do Meio Ambiente, O SEMAPI Sindicato dá seqüência a sua luta por um Desenvolvimento Sustentável.
A pauta do SEMAPI na semana ainda em curso continua muito intensa. Iniciamos na segunda-feira, comemorando os 53 anos da ASCAR/EMATER/RS. Pela manhã um Ato em defesa de uma Política Oficial de Extensão Rural. MAIS EMATER MAIS ALIMENTOS.
CELEBRAMOS os anos que essa instituição vem dedicando ao fortalecimento da AGRICULTURA FAMILIAR GAÚCHA e AFIRMAMOS a importância de uma extensão rural de qualidade. São mais de 500 mil agricultores familiares produzindo alimentos, espalhados em todas as regiões do Estado do Rio Grande do Sul. São QUILOMBOLAS, INDÍGENAS, PESCADORES ARTESANAIS, ASSENTADOS e PEQUENOS PRODUTORES FAMILIARES. E a ASCAR/EMATER foi e tem sido decisiva para a manutenção e fortalecimento dessa agricultura que ALIMENTA O MUNDO e garante a biodiversidade em nosso Estado.
No site www.semapirs.com.br você poderá ler matéria completa sobre o dia de mobilização e também ver as fotos que registram a participação de quase mil trabalhadores (as), agricultores(as) familiares e movimentos sociais das diferentes regiões do nosso Estado, protestando e exigindo do Governo Estadual um basta ao desmonte da EMATER/RS, bem como a contratação de mais extensionistas rurais. Este foi o foco do Seminário à tarde na Assembléia Legislativa, que debateu sobre MAIS ORÇAMENTO PARA A AGRICULTURA, MAIS ALIMENTOS e MAIS DESENVOLVIMENTO.
Amanhã, dia 05 de Junho, Dia Internacional do Meio Ambiente teremos duas atividades importantes. Às 9h30min, a Comissão de Serviços Públicos da Assembléia Legislativa, vai realizar uma Audiência Pública para tratar dos serviços públicos e adequação da estrutura administrativa do Estado, frente aos desafios decorrentes de novos investimentos no Estado, em especial da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Fundações vinculadas.
A audiência foi um requerimento do SEMAPI Sindicato, com o intuito de discutir a atual política de meio ambiente do Governo do Estado.
Ainda amanhã, quinta-feira, às 16h, o SEMAPI estará realizando uma atividade interna com diretores e trabalhadores, que dará início a implantação pelo Coletivo Desenvolvimento Sustentável de um dos eixos de seu planejamento estratégico, CONSUMO E SUSTENTABILIDADE. Este, tem duas estratégias centrais, a Re-significação do Ato Cotidiano de Consumir, focado para dentro do Semapi e para a base e a Sustentabilidade como Lógica Organizadora da Gestão SEMAPI, focado para dentro do Sindicato.
Amanhã, estaremos assinando contrato de Assessoria com a Engenheira Química Adriane Alves Silva, Especialista em Gestão Qualidade Ambiental e discutindo com todos os(as) trabalhadores(as) os primeiros passos desse trabalho. Adriane nos assessorará para a elaboração e gerenciamento do Plano de Gestão Ambiental Sustentável do SEMAPI.
A ação ocorrerá a partir de um Diagnóstico Situacional, que subsidiará a formulação do Plano, seguido de um Programa de Capacitação da diretoria e dos (as) trabalhadores (as) do Sindicato. A proposta prevê que todo o processo, desde o diagnóstico, se dê de forma muito participativa, pois, sabemos que práticas cotidianas, enraizadas, apenas são possíveis de serem substituídas por outras que exigem rupturas e tempo para consolidarem-se, se muito compreendidas no seu significado.
UM BOM DIA INTERNACIONAL DO MEIO AMBIENTE PARA TODOS QUE ACESSAM ESSE BLOG!!!
Iara Borges Aragonez
Coletivo Desenvolvimento Sustentável
Semapi Sindicato
CELEBRAMOS os anos que essa instituição vem dedicando ao fortalecimento da AGRICULTURA FAMILIAR GAÚCHA e AFIRMAMOS a importância de uma extensão rural de qualidade. São mais de 500 mil agricultores familiares produzindo alimentos, espalhados em todas as regiões do Estado do Rio Grande do Sul. São QUILOMBOLAS, INDÍGENAS, PESCADORES ARTESANAIS, ASSENTADOS e PEQUENOS PRODUTORES FAMILIARES. E a ASCAR/EMATER foi e tem sido decisiva para a manutenção e fortalecimento dessa agricultura que ALIMENTA O MUNDO e garante a biodiversidade em nosso Estado.
No site www.semapirs.com.br você poderá ler matéria completa sobre o dia de mobilização e também ver as fotos que registram a participação de quase mil trabalhadores (as), agricultores(as) familiares e movimentos sociais das diferentes regiões do nosso Estado, protestando e exigindo do Governo Estadual um basta ao desmonte da EMATER/RS, bem como a contratação de mais extensionistas rurais. Este foi o foco do Seminário à tarde na Assembléia Legislativa, que debateu sobre MAIS ORÇAMENTO PARA A AGRICULTURA, MAIS ALIMENTOS e MAIS DESENVOLVIMENTO.
Amanhã, dia 05 de Junho, Dia Internacional do Meio Ambiente teremos duas atividades importantes. Às 9h30min, a Comissão de Serviços Públicos da Assembléia Legislativa, vai realizar uma Audiência Pública para tratar dos serviços públicos e adequação da estrutura administrativa do Estado, frente aos desafios decorrentes de novos investimentos no Estado, em especial da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Fundações vinculadas.
A audiência foi um requerimento do SEMAPI Sindicato, com o intuito de discutir a atual política de meio ambiente do Governo do Estado.
Ainda amanhã, quinta-feira, às 16h, o SEMAPI estará realizando uma atividade interna com diretores e trabalhadores, que dará início a implantação pelo Coletivo Desenvolvimento Sustentável de um dos eixos de seu planejamento estratégico, CONSUMO E SUSTENTABILIDADE. Este, tem duas estratégias centrais, a Re-significação do Ato Cotidiano de Consumir, focado para dentro do Semapi e para a base e a Sustentabilidade como Lógica Organizadora da Gestão SEMAPI, focado para dentro do Sindicato.
Amanhã, estaremos assinando contrato de Assessoria com a Engenheira Química Adriane Alves Silva, Especialista em Gestão Qualidade Ambiental e discutindo com todos os(as) trabalhadores(as) os primeiros passos desse trabalho. Adriane nos assessorará para a elaboração e gerenciamento do Plano de Gestão Ambiental Sustentável do SEMAPI.
A ação ocorrerá a partir de um Diagnóstico Situacional, que subsidiará a formulação do Plano, seguido de um Programa de Capacitação da diretoria e dos (as) trabalhadores (as) do Sindicato. A proposta prevê que todo o processo, desde o diagnóstico, se dê de forma muito participativa, pois, sabemos que práticas cotidianas, enraizadas, apenas são possíveis de serem substituídas por outras que exigem rupturas e tempo para consolidarem-se, se muito compreendidas no seu significado.
UM BOM DIA INTERNACIONAL DO MEIO AMBIENTE PARA TODOS QUE ACESSAM ESSE BLOG!!!
Iara Borges Aragonez
Coletivo Desenvolvimento Sustentável
Semapi Sindicato
domingo, 1 de junho de 2008
SEMAPI Sindicato - curso “Percurso Formativo do I Módulo SEMAPI - CURSO DE FORMAÇÃO BÁSICA"
Nos dias 29, 30 e 31 de maio realizamos no SEMAPI Sindicato o curso “Percurso formativo do I Módulo SEMAPI - CURSO DE FORMAÇÃO BÁSICA.”
A atividade foi coordenada por Mara Feltes, Diretora colegiada do SEMAPI, coordenadora do Coletivo de Formação e integrante da Rede de Formadores da CUT.
Este foi o início de uma série de ações de formação que serão realizadas no âmbito do Sindicato, com vistas à “ampliação da consciência crítica dos trabalhadores e trabalhadoras dirigentes de base – delegados sindicais e representante de área -, na perspectiva da organização coletiva e autônoma para o enfrentamento dos desafios colocados na conjuntura atual”. Este Curso é pré-requisito para outras atividades formativas como os cursos de Comunicação e Expressão, Negociação Coletiva e Formação de Formadores.
Os conteúdos foram desenvolvidos a partir de três eixos: História da Classe Trabalhadora, Sociedade e Desenvolvimento Sustentável Solidário.
Esta foi a minha primeira experiência de Formação junto a representantes de base do SEMAPI e dela recolho, sobretudo, muito otimismo quanto a possibilidades de avanços coletivos via ação sindical. O grupo era de aproximadamente 30 pessoas as quais representavam as diferentes organizações que integram a base do SEMAPI. Estavam representadas a FASE, FGTAS, FPE, EMATER, FEPAM, Jardim Zoológico, EPTC e FADERS.
No eixo Desenvolvimento Sustentável, reflexionamos sobre o significado desse conceito, reforçando as suas múltiplas dimensões e buscando compreender o que exatamente temos a ver com essa questão e como podemos contribuir a partir de nossa prática cotidiana para que se estabeleça um outro modelo de desenvolvimento, orientado por valores e princípios pautados pela sustentabilidade. Dois dos textos utilizados como base para o trabalho em grupo, “Você é o que Você Consome”, de Cecília Bernardi e “Pegada Ecológica”, mostraram-se muito efetivos frente aos objetivos que estavam colocados.
Ainda com o objetivo de demonstrar na prática o alcance de experiências protagonizadas por “gente como a gente” e também as diferentes dimensões do desenvolvimento sustentável, recebemos ontem no curso a companheira NELSA NESPOLO, integrante da COOPERATIVA UNIVENS e da JUSTA TRAMA – Cadeia Ecológica do Algodão Solidário. Ouvimos atentas (os) a experiência e avançamos na compreensão da ECONOMIA SOLIDÁRIA e da AGRICULTURA FAMILIAR ECOLÓGICA, como fatores de sustentabilidade.
Quanto às demais pautas, destaco a História da Classe Trabalhadora, em particular pela dinâmica adotada pela formadora Mara Feltes. A linha do tempo, construída coletivamente a partir de contextualização prévia, incluindo os próprios participantes no processo histórico de organização dos(as) trabalhadores(as), foi muito interessante e pedagógica. Aliás, a criatividade e potencialidade das dinâmicas utilizadas durante toda a formação merecem destaque.
Bem, é quase dispensável dizer que a avaliação feita ontem à tarde, no fechamento do curso, foi altamente POSITIVA. Em regra todos (as) verbalizaram sentirem-se absolutamente enriquecidos e muito mais fortalecidos para cumprirem o desafio de mobilizar, informar e de alargar consciências na perspectiva de uma sociedade mais justa, com a compreensão de que o nosso protagonismo nessa construção faz diferença.
Durante a semana colocarei fotos de alguns momentos do curso. Serão enviadas pela companheira Renata da FASE de Pelotas. Ainda na seqüência vou contar um pouco sobre o trabalho com PAPEL RECICLADO desenvolvido pelo trabalhador da FADERS, Paulo Casagrande, com pessoas portadoras de deficiência. Um belo trabalho, diga-se de passagem. Por ora, vou colocar algumas fotos desse trabalho e o vídeo que o Paulo compartilhou conosco durante o curso.
Iara Borges Aragonez
Coletivo Desenvolvimento Sustentável
Semapi Sindicato
A atividade foi coordenada por Mara Feltes, Diretora colegiada do SEMAPI, coordenadora do Coletivo de Formação e integrante da Rede de Formadores da CUT.
Este foi o início de uma série de ações de formação que serão realizadas no âmbito do Sindicato, com vistas à “ampliação da consciência crítica dos trabalhadores e trabalhadoras dirigentes de base – delegados sindicais e representante de área -, na perspectiva da organização coletiva e autônoma para o enfrentamento dos desafios colocados na conjuntura atual”. Este Curso é pré-requisito para outras atividades formativas como os cursos de Comunicação e Expressão, Negociação Coletiva e Formação de Formadores.
Os conteúdos foram desenvolvidos a partir de três eixos: História da Classe Trabalhadora, Sociedade e Desenvolvimento Sustentável Solidário.
Esta foi a minha primeira experiência de Formação junto a representantes de base do SEMAPI e dela recolho, sobretudo, muito otimismo quanto a possibilidades de avanços coletivos via ação sindical. O grupo era de aproximadamente 30 pessoas as quais representavam as diferentes organizações que integram a base do SEMAPI. Estavam representadas a FASE, FGTAS, FPE, EMATER, FEPAM, Jardim Zoológico, EPTC e FADERS.
No eixo Desenvolvimento Sustentável, reflexionamos sobre o significado desse conceito, reforçando as suas múltiplas dimensões e buscando compreender o que exatamente temos a ver com essa questão e como podemos contribuir a partir de nossa prática cotidiana para que se estabeleça um outro modelo de desenvolvimento, orientado por valores e princípios pautados pela sustentabilidade. Dois dos textos utilizados como base para o trabalho em grupo, “Você é o que Você Consome”, de Cecília Bernardi e “Pegada Ecológica”, mostraram-se muito efetivos frente aos objetivos que estavam colocados.
Ainda com o objetivo de demonstrar na prática o alcance de experiências protagonizadas por “gente como a gente” e também as diferentes dimensões do desenvolvimento sustentável, recebemos ontem no curso a companheira NELSA NESPOLO, integrante da COOPERATIVA UNIVENS e da JUSTA TRAMA – Cadeia Ecológica do Algodão Solidário. Ouvimos atentas (os) a experiência e avançamos na compreensão da ECONOMIA SOLIDÁRIA e da AGRICULTURA FAMILIAR ECOLÓGICA, como fatores de sustentabilidade.
Quanto às demais pautas, destaco a História da Classe Trabalhadora, em particular pela dinâmica adotada pela formadora Mara Feltes. A linha do tempo, construída coletivamente a partir de contextualização prévia, incluindo os próprios participantes no processo histórico de organização dos(as) trabalhadores(as), foi muito interessante e pedagógica. Aliás, a criatividade e potencialidade das dinâmicas utilizadas durante toda a formação merecem destaque.
Bem, é quase dispensável dizer que a avaliação feita ontem à tarde, no fechamento do curso, foi altamente POSITIVA. Em regra todos (as) verbalizaram sentirem-se absolutamente enriquecidos e muito mais fortalecidos para cumprirem o desafio de mobilizar, informar e de alargar consciências na perspectiva de uma sociedade mais justa, com a compreensão de que o nosso protagonismo nessa construção faz diferença.
Durante a semana colocarei fotos de alguns momentos do curso. Serão enviadas pela companheira Renata da FASE de Pelotas. Ainda na seqüência vou contar um pouco sobre o trabalho com PAPEL RECICLADO desenvolvido pelo trabalhador da FADERS, Paulo Casagrande, com pessoas portadoras de deficiência. Um belo trabalho, diga-se de passagem. Por ora, vou colocar algumas fotos desse trabalho e o vídeo que o Paulo compartilhou conosco durante o curso.
Iara Borges Aragonez
Coletivo Desenvolvimento Sustentável
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